MIPC-PE não dorme. Enquanto a SDS quer impor PJES, já sem
remuneração, aos Delegados dissidentes do aludido
programa, oferecemos apoio jurídico à ADEPPE e
aos demais servidores para coibição de quaisquer assédios de
Chefes, Diretores, Gestores, Seccionais, Regionais e qualquer outra
autoridade administrativa ou policial.
 Em
 Caruaru, por exemplo, quatro Delegados de
 Polícia Civil se desdobram em Plantões locais, Força
 Tarefa e nos Plantões de duas outras longínquas Circunscrições,
 institucionalizando o chamado esquema da onipresença e das
 inadmissíveis figuras da autoridade policial ad-hoc,
 fato que se repete em várias outras Áreas Integradas de Segurança
 de Pernambuco. Um delegado poderá trabalhar até 336
 horas no mês de maio, enquanto a jornada normal em média são 176
 horas.
 Calarmos
 diante disso, porque, se isto afeta a dignidade do servidor policial
 e traz prejuízos à Segurança Pública, interessando, portanto, à
 Sociedade como um todo, sobretudo, aos seus seguimentos
 organizativos como OAB, PGJ, TJPE, MP entre outros, cediço o risco
 do iminente colapso do aparelho de Policia Judiciária no Estado,
 tal é sua exposição ao exaustivo, depreciativo e estafante ritmo
 de trabalho, que, além de fadigar, leva, em vários casos, à
 condução de Delegacias aos auspícios de Comissários e Agentes de
 Polícia.
 Esse
 improviso é ilegal e perigoso. Nossa consciência e coerência
 projetam com preocupação esse fato para o mês que vem: Maio,
 e para os que se seguem a ele por todo ano e seguintes, tanto para
 Departamentos, quanto às Especializadas, como aos Plantões, enfim
 para todas as Delegacias dos Territórios e Distritos. Não se pode
 esperar acontecer, e em escala ainda maior, o que haverá na Força
 Tarefa da GPA I; isto é: operará sem Delegado.
 Essa
 situação pontual de Polícia Investigativa estanque e improvisada
 é sintomática de calamidade generalizada no Estado, sobretudo,
 porque em maio vindouro, a Segurança Pública de Pernambuco poderá
 ficar colapsada de vez, em razão da falta de efetivo e de
 pagamento pelo Governo do Estado das horas extras dos policiais
 vindicada por toda Categoria e dos adicionais que a lei assegura.
 Diante
 da gravidade dessas questões e da inércia da Administração
 cabe-nos dizer que não é desarrazoada a nossa preocupação,
 estando diretamente ligadas aos indicadores de violência e crime a
 falta e as falhas estatais da pasta, relativamente à sua área de
 abrangência.
 Na
 área de Defesa Social as barbas não podem simplesmente aparecer ou
 serem coladas de molho. Seu ocupante tem que relatar ao Chefe do
 Executivo as reais necessidades de sua Secretaria e em toda a sua
 real dimensão. Faltando pessoal, que haja concurso ou novas
 contratações; faltando remuneração, que o tesouro e a fazenda
 provisionem; faltando infraestrutura, que os equipamentos, as obras
 e os serviços sejam planejados, empenhados e saiam do papel;
 faltando distribuição equitativa das missões e distorções na
 relação remuneração/trabalho, que os salários sejam fixados e
 pagos como a lei determina, o que não pode nem deve permanecer é a
 ocupação burocrática ou descompromissada da função, sendo
 honesto e até mais digno a renúncia.
 Reclamamos
 dignidade, tratamento humanizado, salários e remunerações justas,
 condições apropriadas de trabalho e só. Isto sim é legal.
 Estamos no limiar de nossas condições físicas e mentais. Se a
 locomotiva continuar nesse ritmo, o trem descarrila e estará
 consumado o desastre. Os sinais são indiciários de sobrecarga, de
 massa crítica, então, atentamos a eles. 
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