Em
assembleia geral, na noite de ontem (17/10), os policiais civis de
Pernambuco aprovaram a realização de paralisações setoriais por
24 horas, em estratégia para chamar atenção da sociedade e cobrar
do Governo do Estado soluções para a pauta de reivindicações da
categoria. No próximo dia 23 de outubro, a partir das 8h, será
paralisado o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa), onde também haverá mobilização e ato de protesto, com
faixas e carro de som. No dia 25 será a vez do Complexo de
Prazeres.
Durante a assembleia, foi aprovada ainda a
composição de uma Comissão que irá definir os próximos locais de
protesto e paralisação, formada por 10 policiais que se
voluntariaram na noite de ontem, pela diretoria do Sinpol/PE e pelos
representantes das demais entidades de classes (Uneppe, Acomp,
Aspappe).
Entre as principais queixas da categoria estão
Plano de Cargos e Carreiras congelado há dois anos, distorção
salarial de cerca de 72% entre um delegado em início de carreira e
um policial com 30 anos de serviço, revisão do vale-refeição, que
há cinco anos é R$7,00, mesmo com a carga horária tendo aumentado
de 30 para 44 horas semanais (os policiais pedem reajuste
proporcional ao acréscimo de horas), reclamam da falta de efetivo,
de estrutura nas delegacias (algumas sem computadores, sem viaturas
com xadrez, com material de apreensão entulhando o ambiente,
inclusive celas, oferecendo risco a vida dos presos e dos próprios
policiais), além da discriminação que o Governo faz ao pagar 225%
de gratificação de risco de vida aos delegados, enquanto os demais
policiais recebem apenas 100%.
O desestímulo é tamanho que
do efetivo contratado pelo Estado de 2007 para cá, 38% já pediu
exoneração, agravando o problema de falta de pessoal na
Instituição, e sobrecarregando os que ficaram, que continuam
pressionados para cumprimento das metas dentro do Pacto Pela Vida,
mas não recebem o reconhecimento e a valorizacão profissional.
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