segunda-feira, 1 de julho de 2013

Chamem o Pires!...

Chamem o Pires!...

            Para que tanta zoeira democrática se por muito longe vai passando o verdadeiro espírito democrático? Quando a libertinagem se confunde com a liberdade e a falta de alternância de poder fica no esquecimento, o cansaço do povo pelos inumeráveis escândalos de corrupção no nosso País dá nisso que vemos hoje. Que dez ou vinte centavos mereceriam tanta passeata! É que estamos nas mãos ingovernáveis de ex-esquerdistas – um punhado de autoridades passivas à desordem e rapinagem do bem comum gerando um Brasil inconstitucional perante todos e ao mundo globalizado de hoje. E sem a ex-direita, diga-se de esguelha. Parece que por detrás dessas duas figuras partidárias míticas, esquerda e direita, oculta-se a verdadeira oposição, bem conhecida dos sociólogos, entre sociedade e comunidade, dizia Sergio Benvenuto em “Tramonto della sinistra?”. São os progressistas-conservadores. É a situação deslavada contra o povo brasileiro. Ardilosa e golpista. Permanecer por anos no poder de mando num país vira uma ditadura – o que está acontecendo – até quando o povo livre de legendas resolve ir às ruas pedir decência a essa forma de governar dos petistas e aliados. Chega! – diz a boca do nosso povo. A irresponsabilidade da maioria de encantadores políticos, arrotando honestidade em negociatas as mais intimidadoras, fazem-nos rogar a esperança nos poucos seletivos políticos sérios. É incrível que os detentores do poder político civil só recorram às Forças Armadas quando – como nos mostra a história – já roubaram o que puderam, rasgaram a nossa carta de cidadania, deixaram o país na bancarrota e, dizia Antonio Maria, “dissolveram nossa consciência”. Antes de se ter democracia, tem que se ter zelo para com a própria Nação, respeitando suas leis, sua independência. Por que os nossos líderes civis não se aliam às Forças Armadas, sem “antigas lições” para administrarem o Brasil com disciplina e lisura, botando os corruptos atrás das grades? Como sempre foram burras as esquerdas! Nunca souberam sequer pregar direito suas ideologias, tampouco se prepararam para ter o poder nas mãos – só vivem para desenterrar velhos jargões. Por outro lado, a “terminal” direita continua inóspita, tanto quanto outrora, teatralizando seu nariz arrebitado, nunca sendo uma oposição que não fosse conjurada e silente. Como disse Neruda, a nossa terra já passou das mãos dos saciados às mãos dos esfaimados. E nós, povo, arrendados aos últimos engodos eleitorais – dessa vez do PT de tantas anacondas e vampiros, precisamos ter que ir para as ruas. Resgatemos nossa cidadania e nossos direitos a ordem e ações punitivas. Consoante se espera a última chance. Ou o povo vence essa luta ou, como o ex-presidente Figueiredo, certa vez ameaçado na sua autoridade, chamemos o “Pires” (seu então ministro do Exército). Mais do que depressa...

                    Rivaldo Paiva é da Academia Recifense de Letras
                          E-mail – paiva.rivaldo@hotmail.com


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