Chamem o Pires!...
Para que tanta zoeira
democrática se por muito longe vai passando o verdadeiro espírito democrático?
Quando a libertinagem se confunde com a liberdade e a falta de alternância de
poder fica no esquecimento, o cansaço do povo pelos inumeráveis escândalos de
corrupção no nosso País dá nisso que vemos hoje. Que dez ou vinte centavos
mereceriam tanta passeata! É que estamos nas mãos ingovernáveis de
ex-esquerdistas – um punhado de autoridades passivas à desordem e rapinagem do
bem comum gerando um Brasil inconstitucional perante todos e ao mundo
globalizado de hoje. E sem a ex-direita, diga-se de esguelha. Parece que por
detrás dessas duas figuras partidárias míticas, esquerda e direita, oculta-se a
verdadeira oposição, bem conhecida dos sociólogos, entre sociedade e
comunidade, dizia Sergio Benvenuto em “Tramonto della sinistra?”. São os
progressistas-conservadores. É a situação deslavada contra o povo brasileiro.
Ardilosa e golpista. Permanecer por anos no poder de mando num país vira uma ditadura
– o que está acontecendo – até quando o povo livre de legendas resolve ir às
ruas pedir decência a essa forma de governar dos petistas e aliados. Chega! –
diz a boca do nosso povo. A irresponsabilidade da maioria de encantadores
políticos, arrotando honestidade em negociatas as mais intimidadoras, fazem-nos
rogar a esperança nos poucos seletivos políticos sérios. É incrível que os
detentores do poder político civil só recorram às Forças Armadas quando – como
nos mostra a história – já roubaram o que puderam, rasgaram a nossa carta de
cidadania, deixaram o país na bancarrota e, dizia Antonio Maria, “dissolveram
nossa consciência”. Antes de se ter democracia, tem que se ter zelo para com a
própria Nação, respeitando suas leis, sua independência. Por que os nossos
líderes civis não se aliam às Forças Armadas, sem “antigas lições” para
administrarem o Brasil com disciplina e lisura, botando os corruptos atrás das
grades? Como sempre foram burras as esquerdas! Nunca souberam sequer pregar
direito suas ideologias, tampouco se prepararam para ter o poder nas mãos – só
vivem para desenterrar velhos jargões. Por outro lado, a “terminal” direita
continua inóspita, tanto quanto outrora, teatralizando seu nariz arrebitado,
nunca sendo uma oposição que não fosse conjurada e silente. Como disse Neruda,
a nossa terra já passou das mãos dos saciados às mãos dos esfaimados. E nós,
povo, arrendados aos últimos engodos eleitorais – dessa vez do PT de tantas
anacondas e vampiros, precisamos ter que ir para as ruas. Resgatemos nossa
cidadania e nossos direitos a ordem e ações punitivas. Consoante se espera a
última chance. Ou o povo vence essa luta ou, como o ex-presidente Figueiredo,
certa vez ameaçado na sua autoridade, chamemos o “Pires” (seu então ministro do
Exército). Mais do que depressa...
Rivaldo
Paiva é da Academia Recifense de Letras
E-mail – paiva.rivaldo@hotmail.com
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