terça-feira, 16 de outubro de 2012

As cotas raciais nos concursos públicos prometem gerar polêmica


Folha de São Paulo de hoje trouxe uma notícia que vai deixar muita gente estressada: a cota para negros nos concursos públicos.
A ideia é reduzir a desigualdade racial no Brasil, desta vez através da admissão via concurso em cotas, que segundo a Folha, seria de 30% das vagas.
Mas a proposta vai além: cria benefícios fiscais para empresas que optassem por seguir a linha adotada pelo Governo Federal.
As cotas raciais de emprego são adotadas em alguns países, a exemplo dos Estados Unidos, mas possuem percentuais muito mais baixos. Na verdade a política de ações afirmativas americana está presente de várias formas, especialmente nas universidades, onde muitas praticam as cotas para professores e para vagas em doutorados.
No caso americano, até cotas para PhD´s existem. Uma grande parte dos professores universitários brasileiros estudaram nos EUA através de cotas para latino-americanos ou para países em desenvolvimento.
Independente do percentual a ser adotado por Dilma, será uma medida de grande polêmica, já que concurso público virou sinônimo de profissão para muita gente.
Por mim, o desempenho do aluno na Universidade (ou Enem) deveria servir como base para as vagas nos concursos. Obviamente aliado à qualidade da Instituição. Quanto melhor fosse a universidade, mais vagas teria direito nas seleções.
Com isso, forçaríamos os estudantes à dedicação desde o começo da universidade, e evitaríamos a indústria dos concursos, que no fundo trazem grande perda de produtividade ao país, já que são centenas de milhares de jovens que se dedica, apenas a arte de decorar.
Particularmente como sou contra a cultura do concurso público, não vejo o menor problemas nas cotas raciais, apenas acho o percentual muito elevado, se os pardos não estiverem contemplados. Mas nem todo mundo vai encarar desta forma.
Mas isso é assunto para outro post.

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