Mobilização
Protesto de policiais força negociação com o governo
Sindpol convoca a participação dos policiais civis na Segesp, às 17 h, nesta terça
Os policiais civis realizaram ato público de protesto em frente ao Palácio do Governo, na manhã desta terça-feira (05), para uma audiência com o governador e a implantação do piso salarial de 60% da remuneração dos delegados.
A manifestação marcou o início da greve de 72 horas dos policiais. No ato, os diretores do Sindpol teceram críticas ao governo, citando o alto índice de violência, que tornou Alagoas o lugar mais violento do mundo. Em uma faixa, o sindicato denunciou o número de mais de 8 mil assassinatos durante os quatro anos do governo Téo Vilela.
Para o presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, o governador vem destruindo o serviço público, prejudicando os policiais civis e a sociedade. O diretor da Cobrapol, José Carlos Fernandes Neto, chamou a atenção para a insensibilidade do vice-governador Thomaz Nonô quanto ao questionar o número de 6 mil licenças médicas tiradas por policiais militares. O diretor destacou que o Sindpol irá denunciar os altos salários dos cargos de comissionados, possíveis irregularidades nas reformas das delegacias, entre outros.
No protesto, o vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, cobrou o cumprimento das datas-bases de 2009 e 2010. Ele esclareceu que o governador fica enganando a população com o pedido ao governo federal da Força Nacional que não irá resolver o problema da segurança pública.
O 2º vice-presidente destacou que a criminalidade é por conta da incompetência e da irresponsabilidade do governo. “A greve é o ápice do sufoco e sofrimento dos policiais civis”.
A diretora do Sindjornal Elida Miranda compareceu ao ato público para manifestar solidariedade aos policiais civis. A sindicalista informou sobre a violência que os jornalistas vêm sofrendo no exercício da profissão e destacou que o Sindjornal é parceiro dessa luta.
Negociação
Com a realização do protesto, o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, marcou uma audiência com a diretoria do Sindpol/AL, às 17 horas, desta terça-feira.
O Sindpol convoca a participação dos policiais civis para acompanhar a audiência em frente à Segesp.
4/5/2011 10:35:54
Mobilização
Governo traçará proposta na próxima reunião
Nova reunião na próxima segunda, às 16 horas, na Segesp
A greve dos policiais civis forçou negociação salarial com o governo. O secretario de Gestão Pública, Alexandre Lages, reuniu-se com a direção do Sindpol, no final da tarde da terça-feira (05), para dar início às negociações.
O secretário informou que o impacto financeiro da proposta salarial de 60% da remuneração dos delegados de Polícia é de 10 milhões ao mês e pôs dificuldade para o pleito.
Alexandre Lages propôs marcar uma reunião na próxima segunda-feira (11), às 16 horas, na Segesp, para formular uma proposta salarial, que será apresentada por ele ao governador Teotônio Vilela Filho. O Sindpol manteve a defesa da proposta da categoria.
O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, fez critica ao caos em que vive a segurança pública e os serviços públicos, citando a carência de material e de profissionais; a deficiência do Corpo de Bombeiros para pagar o fogo no Pavilhão do Artesanato por falta de água e a prisão arbitrária do major que denunciou a situação. O sindicalista destacou que o problema da segurança pública é a falta de investimento sério na área.
As delegadas Lucy Mônica e Rebeca Cordeiro, representando o delegado Geral, compareceram a reunião. Lucy Mônica reafirmou que a importância do trabalho dos policiais civis, ressaltando que a categoria é pequena no contexto geral dos servidores públicos, sendo possível a concessão de reajuste pelo Estado.
O secretário afirmou que existem 15 mil servidores sem reajuste salarial, reforçando a intenção do governo em conceder reajuste a todos. O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, lembrou que no Orçamento do Estado foi aprovado um incremento de 20 milhões na Polícia Civil. De acordo com o sindicalista, esse recurso pode ser convertido em reajuste salarial.
A falta de uma política de valorização foi questionada pelo 2º vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, que apontou as condições precárias de trabalho e a desmotivação da categoria. “Da forma que está não temos condições de garantir nossas vidas, imagine dos alagoanos”, disparou
Tania Alencar
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