quarta-feira, 13 de abril de 2011

Alagoas - Militares protestam no Centro e ameaçam aquartelamento

Militares protestam no Centro e ameaçam aquartelamento

Um grupo de aproximadamente 100 policiais militares bloqueou a Rua Barão de Penedo, no Centro de Maceió.

Um grupo de aproximadamente 100 policiais militares bloqueou a Rua Barão de Penedo no Centro de Maceió, na tarde desta terça-feira, 12, em protesto contra o Governo do Estado. A categoria reclama que é mais uma vítima do descaso e ameaça aquartelamento, caso não tenha suas reivindicações atendidas.
Os policiais estavam descaracterizados e promoveram uma manifestação pacífica. Não chegaram a atear fogo em pneus, mas bloquearam o acesso de veículos a Rua Barão de Penedo. Policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), tiveram que desviar o trânsito.
Os manifestantes aguardavam em frente à Secretaria de Gestão Pública (Segesp) uma reunião que seria realizada, no final da tarde, com representantes das associações de militares. Enquanto aguardavam, no entanto, foram informados que o secretário Alexandro Lages teria viajado e que a reunião seria conduzida por uma secretária.
Em conversa com o Alagoas24Horas, os militares se mostraram insatisfeitos com o não cumprimento da data-base da categoria, com a suspensão dos empréstimos consignados, com a falta de detalhamento de descontos nos contracheques e demonstraram revolta com supostas declarações do vice-governador, José Thomaz Nonô, à imprensa.
“As últimas declarações de Nonô à imprensa deixaram a categoria revoltada. Ele disse que se um soldado recebesse R$ 2.800 ele deixaria de ser vice-governador e seria policial. Queremos respeito e queremos nosso salário. Se não houver acordo a categoria vai parar”, disse Élcio Sarmento, integrante da Associação de Cabos e Soldados de Alagoas.
O soldado reformado, Barcelos, explicou que os policiais estão preocupados com a suspensão dos empréstimos porque muitos policiais dependiam disso para conseguir quitar suas dívidas. “Os PMs estavam vivendo de empréstimos porque o salário não dá para sobreviver”.
“Queremos aumento e correção salarial. Desde 2006 as data-bases não são cumpridas”, disse outro militar que se identificou como sargento reformado, João Batista dos Santos.
Um policial, que não quis se identificar, aproveitou para mandar um recado para o vice-governador. “ Vice-governador, nós estamos na periferia enfrentando bandidos, enquanto o senhor nasceu em berço de ouro”, disse, acrescentando que a categoria está envergonhada com o tratamento recebido das autoridades



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