terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CULTURA POLICIAL: A Polícia da Casa Grande & Senzala

Recentemente tomei conhecimento pelos jornais de um triste fato envolvendo um delegado de polícia e um advogado cadeirante em São José dos Campos/SP. O fato publicado, noticiado nacionalmente pela grande impresa, e, especialmente em meios de comunicação como o Jornal do Brasil e A Tarde, relatou que o advogado cadeirante Anatole Macedo reclamou, quando o delegado de polícia Damasio Marino estacionou seu carro numa vaga para deficientes. O episódio foi o suficiente para uma sucessão de xingamentos que culminou na agressão física sofrida pelo deficiente físico, por conta de alguém que é pago pelos cofres públicos para servir e proteger. Como delegado de polícia, profissional do direito, professor universitário e cidadão, fico indignado com o que ocorreu e independente das justificativas que ainda serão apresentadas (afinal, nossa Constituição invoca como princípio basilar a presunção da inocência), creio que algo de muito errado aconteceu com a autoridade policial (se é que se pode chamar de autoridade), diante de fatos escabrosos como esse. Não sou juiz e não estou aqui para condenar injustamente a conduta do delegado ou do cadeirante, sem ouvir o outro lado da versão; mas ao menos uma coisa eu posso constatar: o delegado Marino agiu mal. No acirramento de ânimos e entre dos indivíduos com a "cabeça quente", o que pude constatar é que o delegado assumiu a agressão que cometeu, apesar de ter negado ter dado coronhadas em Anatole Macedo, como esse comunicou à imprensa, pois, segundo frase do próprio delegado, estampada no Jornal do Brasil do dia 20 de janeiro: " apenas dei dois tapas na cara dele".

Um comentário:

Dr cana disse...

Por ser uma pessoa esclarecida,mesmo que ofendido pelo cadeirante,somente deveria tomar as medidas legais...