16 de dezembro de 2010 | |
Governo estadual nega reposição de data base para policiais civis, não contrata pessoal excedente aprovados em concurso, mas autoriza contratação de estagiários e disponibiliza servidores de outros órgãos para trabalhar em delegacias de todo o Estado. Dados oficiais mostram claramente que o efetivo da Polícia Civil sofre baixa de 45 policiais e mais outros 34 pedidos de exoneração em processo, aguardando finalização. A grande maioria é de policiais aprovados do último concurso. Os 45 servidores que pediram exoneração para ingressar em outros cargos, inclusive da Polícia Militar do DF, já se desligaram da polícia civil de Goiás, sendo 24 agentes, 20 escrivães e 01 delegado que pediram para sair do quadro efetivo da polícia civil goiana. Outros 34 servidores estão com pedido de exoneração, sendo 15 agentes, 12 escrivães e 07 delegados, cujos motivos estão diretamente ligados ao baixo salário pago pelo Estado. A falta de policiais chega aos 2850 cargos vagos, existindo dezenas de policiais concursados, prontos para entrar em atividade e o governo nada faz, ou melhor, faz o pior, autoriza contratação de estagiários, sem o menor preparo para conduzir o procedimento policial. Nada contra os estagiários, mas o pior é saber que essas pessoas acreditam que estão fazendo um bem imensurável à sociedade, não se dando conta de que passam a correr risco de vida, sem ao menos receber para isso. Todo e qualquer criminoso quando vê uma pessoa por trás de um balcão ou de uma mesa de delegacia, acredita que aquela pessoa seja policial, e não é. Com o salário baixo pago a esses estagiários, muitos concursados que aguardam serem nomeados, não estão sendo chamados para devido preenchimento dos cargos vagos, deixando claro que o governo do Estado não demonstra a mínima preocupação com a Polícia Civil e muito menos com a segurança da sociedade. Para piorar, além de estagiários, existem ainda servidores de outros órgãos trabalhando em delegacias de várias cidades do Estado, tendo acesso inclusive ao sistema on line da polícia, com senha de acesso e tudo mais, o que normalmente seria aceito somente por policiais de carreira. O sindicato tem lutado ao longo dos anos pelo preenchimento dos cargos vagos no quadro da polícia civil, contudo o governo sempre relata não ter condições de preencher esses cargos. Alega a falta de recursos financeiros e sempre justificando com o acréscimo de gastos com a polícia, ocasionando impacto na folha de pagamento. Pergunta: Como é que o governo explica a contratação de estagiários para suprir a falta de efetivo da policia civil, já que não pode contratar concursados em plena condição de exercer a função policial com segurança, eficiência e profissionalismo, tanto para os próprios policiais e principalmente para o cidadão, que pagam altas taxas de impostos. Os jornais de grande, média e pequena circulação de todo o Estado, relatam a fragilidade da segurança do Estado e a causa principal desse fator é o baixo efetivo das policias, a falta de valorização do servidor e as péssimas condições de trabalho vivenciado pelos policiais em todo o Estado. Exemplo: O Popular de hoje, 16 de dezembro de 2010. Matéria: “Insegurança atinge 45% de goianos”, onde pesquisa mostra que 7,7 dos goianos sofreram tentativa de roubo e 60% têm dispositivo de segurança. Em tempo não muito distante, foram muitas as dificuldades internas que enfrentamos, quando eram muitos os comissionados e servidores de outros órgãos trabalhando em delegacias, exercendo funções policiais e muitos foram os problemas e conflitos detectados pela administração. Pela política da boa vizinhança da direção da polícia civil com o governo é que chegamos ao estado precário em que a polícia civil se encontra. Fator que nos leva a não termos mais condições de suportar, nossos policiais sobrecarregados e sufocados pelo alto índice de ocorrências registradas e inquéritos a serem investigados, sendo o nosso maior problema a falta de efetivo. O governo sem planejamento e sem vontade alguma, não executa concurso a fim de suprir a falta de pessoal e dar condições para que o delegado-geral consiga dar fim ao número surpreendente de cargos vagos na instituição. A direção da polícia civil tem sofrido as consequências do abandono em que o Estado condicionou a polícia civil e por consequência a sociedade é quem mais sofre com a falta de investigação e principalmente a prevenção no combate ao crime em todo o Estado. Portanto, o SINPOL-GO não concorda com a contratação de estagiários para ocupar os cargos de escrivães e agentes em nossas delegacias. Ademais, o último concurso aprovou efetivo excedente, os quais aguardam apenas serem chamados para ocuparem seus cargos e assim exercerem suas atribuições pelo bem da segurança pública do Estado de Goiás. Desde já, o sindicato fará gestão junto ao governo para que haja um planejamento de concursos o mais breve possível visando sanar essas lacunas, uma vez que o Sinpol entende que serviço policial é exclusivo de Servidor concursado, assim como apregoa a Constituição Federal. Sinpol-GO Sindicato forte é você quem faz!! Silveira Alves de Moura Presidente |
domingo, 19 de dezembro de 2010
POLÍCIA CIVIL CONTINUA NO CAOS E GOVERNO AUTORIZA CONTRATAÇÃO DE ESTAGIÁRIOS- 17h20min
A Pol[icia Civil do Brasil, infelizmente, está naufragando.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário