sábado, 11 de setembro de 2010

Segurança pública e segurança familiar são a mesma coisa?

Tania Alencar
Amadeu Epifanio - Rio de Janeiro(RJ) - 07/09/2010

Eu acho lamentável sempre dependermos das leis para fazer o que já seria de nossa obrigação moral e paterna. Leis como essa da cadeirinha para crianças ou a lei das palmadas ou ainda a lei da obrigatoriedade do cinto de segurança reforça a tese de que, como pais responsáveis, ainda deixamos a desejar. Outras medidas educativas de trânsito também estão sendo negligenciadas, como fazer a manutenção preventiva do veículo, não falar ao celular quando estiver dirigindo, além de observar normas que visam, inclusive, a nossa própria segurança, principalmente quando dependemos de terceiros, isto é, da prudência ou negligência de outros motoristas. A nossa conduta no trânsito deve levar em conta três preocupações: Em primeiro lugar com a nossa própria vida; em segundo com a vida daqueles que dependem e esperam pelo meu retorno, são e salvo e em terceiro lugar está o fato de que cada motorista representa para os demais um modêlo ou exemplo à ser seguindo. Isto significa que aquilo que você fizer com o seu carro, outros se sentirão motivados e previamente “autorizados” a fazerem o mesmo, não se importando se estão violando regras morais e de bom senso ou infringindo a legislação vigente. Vede o artigo meu “Segurança Pública não se espera, se faz” e comece a fazer a diferença no trânsito e também para os seus filhos, pois as “barbeiragens” ou as “bandalhas” que eles virem você fazer, certamente acharão normal e farão quando tiverem seus carros, porque a mente tem capacidade de guardar coisas que você nem imagina, mesmo dizendo que “-isso não se faz”. Nunca se esqueça de uma coisa: O ser humano, principalmente as crianças, são como São Tomé, ou seja, acreditam mais naquilo que vêem e também no que sentem. A intervenção do Estado nas relações familiares, ocorre porque uma grande maioria de pais, mostraram-se negligentes por um lado e por outro, arbitrários e muitas das vezes covarde, ao querer educar os filhos, através de surras e espancamentos, levando o estado e a justiça a criar a lei das palmadas. A omissão para com a segurança dos próprios filhos, ao levar as crianças até no banco da frente e sem cinto (em razão da altura da criança) levou de novo o Estado a criar a lei da obrigação do cinto de segurança juntamente com a obrigatoriedade das crianças viajarem no banco de trás. Agora, permanecendo a negligência dos pais para com a segurança dos próprios filhos e tendo como exemplo e resposta os altos índices de mortalidade infantil em decorrência da falta de segurança delas dentro do carro, mais uma vez o Estado intervém, fazendo o papel que deveria partir dos próprios proprietários de veículos que, por triste conseqüência, também são pais. Não consigo imaginar qual será motivo da próxima intervenção do Estado. Aqui, dos males o menor, tendo em vista a existência das drogas e dos pedófilos que só entram, justamente por causa dessas omissões dentro das famílias. Não são esses males que invadem. São os pais que deixam entrar e no dia em que os pais acordarem, traficantes e pedófilos é que estarão correndo o risco de serem exterminados, porque não haverá mais razão para a sua existência. Pensem nisso.
Viver bem é Possível!
Projeto Conscientizar

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