sábado, 5 de abril de 2014



O PECADO (Paulo Sales)
Aos gritos proferia um pregador,
que facilmente dava a entender,
ser o orgulho o pecado mais peçonhento do homem
Filaram cegar os ouvintes para a verdade
Claro está, claríssimo é,
que tal pecado dá a forma perturbada, entre a frase e o seu corte.
Em fim pode descer a tarde, no céu luz sutilíssima, quase invisível
está o primeiro sinal de lua, mas para que serve tal presente da
natureza, se para o orgulhoso, a única luz sutil, passiva de contemplação
é o seu eu.
Bendita seja tu, noite, que cobres e proteges o belo e o feio com a mesma capa.
O homem que vive sem orgulho estampado no peito,
dorme o sono sossegado, tranquilo, onde a constelação ou uma estrela pouco importa para a grandeza do universo.
O orgulhoso vive sob a amargura oculta em sua existência,
que só os olhares de videntes podem enxergar.
Assim dizia o pregador, que facilmente se fazia entender.
Paulo Sales

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