sábado, 23 de março de 2013

GOVERNO DESESPERADO QUER CONTRATAR POLICIAIS TEMPORÁRIOS


O governo do Estado em forma de desespero quer contratar policiais em regime de designação temporária (DT), como já é feito no magistério. A proposta é selecionar de 1.000 profissionais para atuar em guardas e plantões internos nas companhias da Polícia Militar. Dessa forma, o governo espera liberar policiais efetivos que ocupam esses postos para reforçar a segurança nas ruas.
Os salários poderão ser de R$ 2.421,76 igualando a mesma remuneração dos efetivos da PM que já esperam há algum tempo o realinhamento salarial prometido pelo governo e até então nada foi feito no cumprimento da promessa que foi feita para ser cumprida.
“Estamos mais uma vez após seis anos discutindo o mesmo assunto já amplamente discutido anteriormente e que como bem sabemos não deu certo nos estados onde foi implementado, querem criar um pseudo soldado e vestir os mesmos com a mesma farda da briosa PMES pagando aos mesmos uma ninharia e deixando os (DTS) sem nenhuma perspectiva de carreira, nós vamos mostrar para a sociedade o quanto este governo está perdido na Segurança Pública ao trazer uma ideia retrógrada como esta, se em seis anos não resolveram o problema será que é agora que resolverão? Porque não destinam verbas aos que querem regressar ao serviço ativo pra desempenhar estas funções”, destaca Gava.
Salientamos ainda a inconstitucionalidade do referido projeto que fere de morte a Constituição do Estado do ES no "Art. 44 O exercício das funções de Policial Militar e de Bombeiro Militar é privativo do servidor público militar de carreira, recrutado exclusivamente por concurso público de provas e títulos, submetido a curso de formação específica." não é possível que o próprio governo queira descumprir a Constituição que deveria proteger e cumprir com um projeto desta natureza.
Para o secretario de Segurança Pública, André Garcia essa medida é uma forma emergencial de restabelecer o equilíbrio e aperfeiçoar o trabalho da PM, que conta hoje com 7.700 policiais efetivos. O projeto foi encaminhado a Assembleia Legislativa para ser votado pelos deputados.
Para muitos esta medida demonstra total despreparo de quem está à frente da Segurança Pública no Estado. Imaginem uma pessoa contratada por um período de um ano, tendo a disposição arma, viatura e todas as prerrogativas de um policial militar, sem estar sob um regulamento. Qual o compromisso que ela terá? Qual o grau de responsabilidade com a instituição e com a comunidade ele terá, sabendo que em poucos meses deixará de ser policial?
Pensar nisso causa certa preocupação a população. A falta de estrutura capaz de formar novos soldados em números suficientes é resultado de omissão dos gestores da segurança que há anos fecharam os olhos para esta demanda e isso gerou a defasagem hoje existente dentro da PM. É fundamental que todos os militares saibam que a PM já possui a ISEO e os militares que voltaram da reserva para a ativa, além do bônus pecuniário, sendo pagos com a rubrica de custeios da PMES, o valor previsto na referida rubrica garante o pagamento destes serviços já empenhados até um limite, será que é suficiente para pagar o ano todo?
“Nós não nos calaremos diante destas medidas desesperadas e que prejudicam a nossa briosa PMES, estes políticos passam e a PMES permanece, nos respeitem”. Finaliza Cabo Gava.



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