quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Retratos da Sociedade Brasileira a Segurança Pública



Segurança é ruim ou péssima para 51% dos brasileiros.

Pesquisa do IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 51% da população considera a segurança pública no Brasil ruim ou péssima e apenas 15% perceberam melhora nos últimos três anos.  No Índice de Confiança Social, do Ibope, divulgado em outubro, a polícia aparece com 55 pontos, enquanto que as Forças Armadas tem 72 (ver tabela abaixo). Isso explica porque as pessoas estão acreditando mais no Exército do que na polícia no Complexo do Alemão. Minha opinião sobre Exército no combate ao crime vocês sabem. Ajudaria mais na integração e inteligência do que botando tanque na rua.
O estudo "Retratos da Sociedade Brasileira: Segurança Pública" mostra que, na avaliação dos brasileiros, a segurança pública e drogas perdem apenas para saúde como o principal problema do país. Saúde lidera o ranking com 52%, seguida por segurança pública (33%) e drogas (29%). 

As Forças Armadas e a Polícia Federal são reconhecidas como as instituições mais eficientes em assuntos de segurança pública. O Congresso Nacional e o Poder Judiciário são considerados os mais ineficientes. No Índice de Confiança social, as Forças Armadas cresceram de 71 para 72 pontos.

A evolução dos serviços prestados pela polícia nos últimos 12 meses divide os brasileiros. Para 21% houve melhora, mas para 19% piorou. A população acredita que a melhora da atuação policial requer investimento nos salários, na formação e no treinamento dos policiais, o que não cansamos de dizer aqui. Polícia boa exige investimento.

Para escapar da violência, 45% aumentaram os cuidados com a segurança nos últimos três anos. Isso pode significar mais gastos com segurança privada e seguros. Dos entrevistados, 80% mudaram os hábitos devido à violência, sendo que a mudança mais frequente é evitar andar com dinheiro (63%). Aos poucos a criminalidade vai impondo uma nova cultura, a da prevenção, que sempre defendi neste blog. 

Entre os entrevistados, 79% concordam totalmente ou parcialmente que penas mais rigorosas reduzem a criminalidade. Por isso 69% são favoráveis à prisão perpétua, com a qual concordo em alguns casos. No entanto, 15% são totalmente contra essa medida. 

A  divisão quanto à questão da pena de morte permanece praticamente a mesma: 46% são a favor e outros 46% são contrários. Nessa questão continuo me posicionando contra a pena de morte sobretudo porque só pobre e preto vão pagar com a vida.
A sociedade não apoia o direito de porte de arma a todo cidadão. Segundo a pesquisa, o percentual de entrevistados contrários, totalmente ou parcialmente, alcança 70%, ante 23% favoráveis. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 31 de julho de 2011. A amostra é representativa da população nacional, com 2.002 entrevistas realizadas com brasileiros de 16 anos ou mais em 141 municípios dos 5 mil municípiios brasileiros. 

(Repórter de crime).

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