segunda-feira, 9 de julho de 2012

O início do fim


Olhaí minha gente. O que nós estamos vendo neste nosso Brasil, hoje, não é nada daquilo que pensávamos quando, estrondosamente, sufragamos os irrequietos barbudinhos do PT para nos comandar. É paradoxal, mas é verdade. Nem ao menos atingiram seu projeto de poder (assim se passaram10 anos) e os estrelas vermelhas “salvadores da Pátria” começaram a desmoronar por aí a fora. Primeiro, anotem, eles desdizem tudo o que pregavam em tempos idos, quando gritavam, esperneavam, xingavam e até agrediam pessoalmente os então governantes adversários. Agora estão vociferando entre eles mesmos – seus militantes e cúpulas nacional, estaduais e municipais, candidatos, e pior, exaltando-se na defesa de um poder que nunca souberam maestrar. Sequer entender-se nas suas rinhas, antes esquerdizantes – para não se lembrar de Bobbio e suas configuradas díades sepultadas pelo entusiasmo simplório do mando. Segundo, terceiro e quarto e nos quintos de et ceteras, se mostram arredios com a coerência que simbolizava a marca partidária tão esperançosa, Empregam-se contra os trabalhadores, fecharam-se em copas generosamente bem “remuneradas” – um grupo muito seleto e muito sabido, distribuindo para a militância gordinhos salários principalmente a incompetentes, fritando aposentados, professores e agarrados com unhas e dentes a mensalões e a ”grandes caixinhas de dindim” derramados em cachoeiras de negociatas. Ah, pobre PT, outrora tão acreditado, mas em nome da governabilidade, seus “donos” alçaram vôos nunca dantes imaginados aliando-se com uma porção de políticos, cruz credo, que jamais deveriam ainda estar na ativa. Descumprem a Constituição e exaltam as vicissitudes do vigarismo político em todos os segmentos dos Três Poderes. Prometeram acabar com a fome no País, e no lugar dessa idéia maravilhosa, se deslumbram em banquetes e churrascos nas granjas tortas de paus tortos, sem o mínimo de planejamento para executar projetos da maior importância. O nosso barbudinho ex- presidente Lula lá, de cá (hoje sem barba) é bom de papo, irreverente, populesco, orador do singular, operário aposentado, grande negociador e inteligente demais – tanto que saiu de Caetés para São Bernardo do Campo e acabou no púlpito do Planalto – está perdendo o tino. Atordoado pelas lambanças dos seus seguidores mais elitizados anda fazendo besteira atrás de inconseqüências – acabou com a democracia petista, o respeito pela liberdade de seus filiados – cercando-se de um Zé Dirceu de priscas eras de anarquias irracionais e vai entrar pelo cano junto com todos em breve, muito breve. E nós, povo brasileiro, o povo da obra do saudoso Darcy Ribeiro, que até hoje vive curvado ao patriciado e ao patronato delinqüente, passou a sofrer a síndrome da paralisia pela expectativa. Com as eleições que se aproximam será decretado o início do fim de uma sigla, podem apostar.

Rivaldo Paiva é membro da Academia Recifense de Letras

E-mail: paiva.rivaldo@hotmail.com


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