Fecho
os olhos e o tufão foi passando, quando deu um redemoinho, acho que
me levaram para a “farinhada lá na terra do Teixeira”, sem
cabocla nem feiticeira. Do jeito que vai essa campanha para prefeito
(como é bom ser burgo-mestre!). A conclusão é que nem todo jabuti
tem cacife para ser colocado no olho alto do sapotizeiro. Ah, mas
quem alcança alça. O governador Dudu é pêia. Melhor de todos do
Brasil, pegou um tal de Geraldo Júlio (não é menosprezo, é por
ser completamente desconhecido do povo, todavia dizem o “cão em
administração” – como João da Costa para João Paulo) e disse:
“Vai ser o meu prefeito” – do PSB, é claro. E priu! Aí o
eterno candidato Humberto Costa (que é do bem, pelo menos pra mim)
entrou numa errada. Ficou de mau com Rands, com Costa, agradou Lula e
vai se ferrar de novo. Vocês vão ver! Meu caro Mendoncinha ainda
vai fazer as honras do segundo turno, vejam bem! Vai decidir a
eleição! Para onde o leme do DEM girar, pode abrir a cerveja (até
pra ele, quem sabe?). O jovem Daniel tem muito chão pela frente –
não vai ser agora – e vai ajudar Dudu no frigir dos ovos votantes.
Os restos de candidatos, perdoem-me, não decolam nem da pedra da
Gávea. O PT, já disse, começou sua escalada na ribanceira com as
lambanças de quem quer ser o maior – vai ser o menor. Quanta
burrice, meu Deus! E a farelada tá no ar. Macaxeira, bijus, tapiocas
e muito quartinho para os eleitores. João da Costa foi realmente
sacaneado. Rands também. Sabem por quê? Os barbudinhos pensam que
são deuses. Coitados. O eleitorado do da Costa jamais pedirão um
tostão de votos para meu prezado Costa – o Humberto (primos,
não?). Com essa novela toda, Joaquim Francisco disse não ao Senado
(ato digno), contudo sabe ele, matuto astuto, que o PT morreu por
aqui (desculpem militantes – vocês sabem que falo a verdade).
Diante da parafernália instalada, e gostosa para delírio dos
aficionados em campanhas, o gosto vai ser de mel – meio azedo, do
bom. De binóculo em punhos, um olho na eleição e outro nas
Olimpíadas de Londres (meu xodó em hobby desportivo), jamais
arrancarei um cabelo de minhas sobrancelhas para essa maravilha de
desenho político do Recife do futuro. Na realidade, como disse o
poeta paranaense Paulo Leminski, “No fundo, no fundo/ bem lá no
fundo? A gente gostaria de ver/ nossos problemas/ resolvidos por
decreto” – Será?
PS – Para amenizar
o assunto e convidar os candidatos para uma hora de cultura e
cidadania – coisa rara aliás para suas atividades – vejam se
participam da abertura do Curso de Lingüística para jovens de 10 a
14 anos, ministrado pela mestra Viviane Santa Rosa (uma Oficina, tal
a de Raimundo Carrero para adultos) no Museu Murilo Lagreca, Casa
Forte, a partir de agosto próximo. Contatos para o blog
parolenweb.blogstop.com – ou pelo telefone 9805.3514.
Vamos lá jovens!
Rivaldo
Paiva é da Academia Recifense de Letras
E-mail:
paiva.rivaldo@hotmail.com
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