CARTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO
Caros Colegas,
Venho na qualidade de PRESIDENTE DA CHAPA 2 - Candidato da Oposição às eleições do SINPOL que ocorrerá nos dias 25 e 26 de outubro, repudiar e ao mesmo tempo esclarecer a toda categoria dos policiais civis a forma desrespeitosa e mentirosa como o colega Áureo Cisneiros e sua chapa vem se comportando em relação à pessoa deste signatário durante a campanha sindical. Por diversas vezes, pessoalmente conversei com ele próprio e a alguns de seus companheiros de chapa que não devemos nos confrontar em campanha, pois nosso adversário em comum é Marinho Leite.
Áureo e chapa vem destinando um tempo considerável de suas visitas às delegacias na tentativa, através de afirmações maldosas e falsas, de atingir minha honra perante os colegas. Tem afirmado que sou laranja, que sou do governo, que tenho cargo comissionado e mais recentemente, extrapolando todos os limites, tem deliberadamente retirado os cartazes e folhetos de divulgação da chapa 2, a qual figuro como candidato a presidente, desrespeitando não só o caráter democrático da campanha, como também toda categoria, pois impede que os colegas conheçam as chapas e possam decidir de forma livre e consciente seus candidatos. Tenho 33 anos de polícia, dos quais 4 anos têm sido destinados à realização de oposição a atual gestão do sinpol, tendo concorrido na eleição passada e dentre outras ações criticado e denunciado à categoria armadilhas preparadas e executadas pela gestão do Sinpol, de forma que meu histórico dentro da PCPE ao longo dos anos é a fonte de informações mais precisa à respeito do meu caráter, comportamento e ao qual lado pertenço. Caso haja dúvidas sobre as intenções de algum candidato de oposição, não é sobre mim que elas devem recair, pois não fui eu quem surgiu do nada em pleno ano eleitoral querendo ser, a todo custo, presidente do sindicato. Áureo tem também questionado o fato de em uma audiência no Ministério Público do Trabalho, eu ter com educação cumprimentado a todos os presentes, inclusive Marinho e o próprio Áureo. Um ato de educação doméstica não tem relação alguma com minha postura de cobrar, denunciar e criticar como inúmeras vezes fiz e faço em relação a gestão desastrosa de Marinho e estou fazendo neste momento ao colega de oposição Áureo Cisneiros. Temos que ter maturidade, não costumo misturar as coisas. Sei separar muito bem questões profissionais de aspectos pessoais, sabendo tratar com educação e respeito as pessoas independentemente das funções que desempenhem ou de atitudes e filosofias que eu não compactue e que combata efetivamente.
Não pretendo nessa campanha, ganhando ou perdendo, fugir aos meus princípios, não me utilizando de meios indecentes ou entrando, em nenhuma hipótese, na “competição do quem grita mais”, pois acredito que o Sinpol não precise de um animador de festas, mas sim, de um presidente e uma equipe técnica que possam planejar e executar ações que venham a beneficiar toda a categoria, porém, também não vou abrir mão de me defender se for atacado injustamente através de estratégias eleitoreiras. Quem prega mudanças tem que desde já demonstrar atitudes diferenciadas, que fujam da política tradicional que tanto criticamos e detestamos. A Chapa 3 tem que resolver o que realmente é e o que quer, pois a todo momento se contradiz nos seus discursos, demonstrando uma fragilidade considerável quando o assunto foge do campo dos ataques pessoais e dos jargões prontos dos problemas que todos nós já sabemos. Recentemente tive oportunidade de ler um comentário de um integrante da chapa 3 em que disse que não gostaria de me ver presidente porque sou antigo e poderia usar minha experiência para cometer ilicitudes, ora, desde quando faixa etária e experiências adquiridas ao longo da vida são sinônimos de falta de caráter. É bastante contraditório pregarem a união e pedirem os votos dos colegas mais antigos e aposentados, se ao mesmo tempo expressam discursos preconceituosos e sem nenhuma consistência, incitando ainda mais as divisões já existentes.
Por fim, Áureo e chapa insistem em levantar com informações distorcidas, que não condizem com a verdade, o assunto sobre minha saída do movimento de campanha salarial ao qual participamos. Para uma melhor compreensão dos colegas, segue abaixo a carta de esclarecimento que postei meses atrás, na qual conto com detalhes os bastidores do que aconteceu e motivou minha saída de um movimento que fugiu dos objetivos para os quais foi criado:
CARTA DE ESCLARECIMENTO
Colegas, venho a partir desta, depois do absurdo que ocorreu na última quinta-feira, esclarecer alguns fatos que ocorreram recentemente, e que muitos têm me procurado na busca de esclarecimentos. Os questionamentos são a respeito do que ocorreu no dia 01/06, no encontro ocorrido na tarde daquele dia e os desdobramentos na reunião da noite, marcada com o movimento. Dou inicio evidenciando que uma semana antes tínhamos marcado um almoço para tarde da quarta-feira (01/06), para o estabelecimento das estratégias que seriam repassadas ao movimento logo mais a noite, estratégias estas, que teriam como finalidade a assembléia ocorrida no último dia 09/06. Que na segunda-feira (30/05) recebemos um convite de um colega engajado no movimento para nos dirigirmos a Caruaru, onde conversaríamos sobre os andamentos do movimento e também com o Presidente da ADEPPE, o qual estava em Caruaru e tinha interesse em conversar conosco, pois estaria querendo estabelecer uma aproximação; e que estes também foram convidados para a reunião da quarta-feira, até para que entendessemos melhor como seria essa aproximação. Ao chegarmos ao local combinado para a reunião, foi sugerido pelo delegado presente que almoçássemos e depois nos dirigissímos para a ADEPPE, pois lá seria mais adequado para conversarmos. Ao ser iniciada a reunião foram feitos alguns comentários sobre o crescimento do movimento e o representante da ADEPPE explanou sobre o interesse e a importância de uma aproximação da ADEPPE com os outros cargos da PCPE, ocorrendo logo em seguida, a apresentação do coordenador de marketing da dita Associação, que durante sua palavra aos presentes, afirmou que o movimento “precisaria dar nomes aos bois em sua representação”, “de que deveria haver um nome à frente do movimento”. Colocou-se que a pessoa escolhida deveria ser o candidato à presidência do Sinpol, sendo argumentado inclusive, por parte de alguns, a economia de custos que isso geraria. A partir daí o que antes era para se discutir estratégias para assembléia, passou a ter como foco a escolha de uma pessoa para representar o movimento e ao mesmo tempo lançar-se candidato às futuras eleições do Sinpol. Foi sugerido pelos presentes que minha pessoa e Áureo conversássemos a sós, ficando o restante do grupo decidindo à respeito ( aproximadamente 10 pessoas). Esse grupo, após estarmos todos juntos novamente, colocou que apesar de concordarem que eu fosse competente e tivesse bem mais experiência, não seria o nome mais adequado, pois se deveria investir em uma cara nova, o que garantiria mais votos, até pelo fato de que eu estaria sendo o alvo principal dos ataques do Sinpol”. Eu e Áureo, naquele momento, quando conversamos, decidimos que se fosse para escolher nomes, deveríamos levar para o grande grupo, o qual vinha participando das reuniões do movimento. Ressalto que me foi perguntado pelo coordenador de marketing se teria algum problema em eu ficar na condição de vice, onde na ocasião afirmei que não teria problemas, mas que as outras pessoas do movimento deveriam ser consultadas. Terminada a reunião entrei em contato com as pessoas que há três anos têm me dado apoio na luta contra essa gestão do Sinpol, já que no momento da decisão apenas uma pessoa estava presente. Todos foram unânimes no sentido de não concordarem com os rumos que aquela reunião na ADEPPE tomou, pois o momento era para se focar nas negociações salariais, e que a escolha de candidatos para as eleições era um assunto que deveria ser tratado posteriormente, e assim me posicionei na reunião do movimento à noite. Falei da decisão que tinha sido tomada à tarde na ADEPPE, com a escolha do nome de Áureo para candidato a presidente do Sinpol, mas que eu não me manifestaria até o término das negociações, já que o foco do movimento era a questão salarial. Não desrespeitei, nem me aproveitei da reunião da noite para tentar reverter a decisão estabelecida pelas pessoas que participaram da reunião da tarde, apenas ponderei, preferindo não lançar meu nome a nenhum pleito. Porém, enfatizo que em nenhum momento nas reuniões do movimento na sede da Força Sindical houve votação para escolha de candidatos, houve sim, o anúncio da decisão de um grupo de aproximadamente 10 pessoas que participaram de uma reunião na ADEPPE sobre a escolha do nome de Áureo para candidato a presidente do Sinpol. Aproveito ainda a oportunidade para esclarecer que sou chefe da Divisão de Desempenho e Avaliação de Pessoal da GRH-PCPE, divisão como qualquer outra de nossa Polícia Civil, não tendo minha pessoa qualquer vínculo com cargos comissionados ligados ao Governo do Estado, como andam divulgando, também esclareço que não tive nenhuma participação na elaboração do PCCV que aí está. Como a divisão que trabalho lida com esse tipo de assunto, tinha propostas sim, mas que foram totalmente desconsideradas, já que nosso Sindicato, a exemplo da última assembléia, não dá oportunidade para que seus associados participem da construção do que é de interesse da categoria. Ainda esclareço que não tenho qualquer comprometimento com políticos, já que alguns também andam fazendo este tipo de afirmação. É muito fácil distorcer conversas e moldá-las as mais diversas conveniências. O que coloquei com algumas pessoas do movimento foi que apoios são muito importantes, mas que devemos ter o cuidado de identificar se existem interesses ocultos que possam vir prejudicar a categoria futuramente. Citei e relatei com detalhes, que após concorrer na última eleição `a presidência do Sinpol, recebi um convite de apoio por parte de um político conhecido, mas que recusei por perceber que havia o interesse de manipulação futura, o que feriria de forma grave os objetivos e interesses de nossa categoria.
Colegas, temos que caminhar com a verdade, sem a utilização de métodos utilizados por quem estar nos representando hoje, temos que desde já começarmos com uma postura diferenciada, pautada na verdade, clareza e respeito às pessoas. Não tenho nada a esconder ou inventar. Não forçarei, nem criarei situações com o intuito de me promover ou de me lançar novamente candidato à presidência do Sinpol. Caso ocorra, será de forma tranqüila, sabendo honrar as pessoas que comungam das idéias que defendo, mas também sabendo respeitar as opiniões contrárias. Divergências de opiniões são saudáveis e fazem parte da democracia, mas em nenhum momento podemos esquecer com quem verdadeiramente estamos insatisfeitos. Não sou eu quem deve ser combatido, pois sou oposição, tendo dado minha colaboração nas denúncias e esclarecimentos à categoria sobre os absurdos que a gestão atual do Sinpol tem realizado.
IMPRESSÕES À RESPEITO DA ADEPPE
Nas conversas que estive presente com a ADEPPE ficou claro que existem divergências cruciais que impedem uma união com os cargos de Agente de Polícia e correlatos. O Presidente foi taxativo em afirmar que a categoria dos Delegados é contra a carreira única na Polícia Civil. Não discuto a possibilidade jurídica ou não do assunto, mas o tema é uma discussão nacional e é de grande interesse dos cargos de Agente de Polícia e correlatos. Também não mostrou simpatia sobre a vinculação das remunerações dos cargos da PCPE ao teto vencimental do cargo de Delegado de Polícia (vencimentos do cargo de Delegado Especial), colocando que poderia ser utilizada como proposta para campanha, mas que posteriormente poderia-se estabelecer valores iguais ou aproximados, porém sem vinculação com os vencimentos de Delegado Especial. Também questionei se estariam dispostos a abrir mão de acordos salariais paralelos com o Governo em prol dessa união. O que foi alegado é que existem muitas arestas a serem quebradas, que a aproximação estaria começando agora, e que essas questões só poderiam ocorrer futuramente.
Colegas, em determinadas circunstâncias não existe meio termo, é sim ou não. Hoje o Movimento Independente dos Policiais Civis, nos bastidores e sem a consulta da maioria das pessoas que o compõem, está se desviando de seus objetivos iniciais. Precipitadamente se partiu para questões eleitorais e para caminhos que posteriormente podem trazer conseqüências prejudiciais à categoria.
Não por radicalismo, nem por questões pessoais, mas por coerência e prudência pautadas nas informações acima citadas, encerro esses esclarecimentos manifestando-me no sentido de não concordar e de não participar de qualquer chapa ou manifestação com fins eleitorais que direta ou indiretamente tenha patrocínio ou qualquer tipo de apoio da ADEPPE.
Sérgio Siqueira.
Colegas não se deixem levar por discursos prontos e tendenciosos. Não apenas escutem. Questionem, indaguem sobre a operacionalização das propostas e os planos que cada um pretende utilizar para nos tirar do lamaçal. O melhor candidato tem que demonstrar conteúdo e um conhecimento claro a respeito dos assuntos de nosso interesse.
SÉRGIO SIQUEIRA CHAPA 2
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