quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Aspol e Aprasc acusam Major de utilizar PEC 300 com fins eleitoreiros
 
Publicado por Marconi
 

Major Fábio é acusado de tentar se promover para eleições utilizando a PEC 300…


O vice-presidente da Regional Norte da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), Elisandro Lotin de Souza, afirmou, através de carta, que os deputados federais, Major Fábio (DEM-PB) e Capitão Assunção (PSB-ES), utilizaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 300 que trata da questão salarial dos militares, com fins eleitoreiros. O presidente da Aspol na Paraíba, Flávio Moreira, disse que concorda com todo o teor da carta e afirmou que Major Fábio vem sim utilizando a “PEC 300” como bandeira eleitoral para a campanha deste ano, pois sabe que a Proposta tem problemas e não pode ser aprovada.

“Eu concordo plenamente com a luta de qualquer pessoa, porque toda luta é válida, mas desde que se diga a verdade”, comentou, Flávio Moreira, acrescentando que se o Major defende realmente os militares o desafia para que defenda a “PEC da Desmilitarização”, que permite que os militares possam realizar protesto sem que sejam punidos por motim.

De acordo com Elisandro, os dois parlamentares representantes dos militares sabiam que a PEC 300 possui problemas jurídico e mesmo assim insistiram na promoção da emenda para garantir ingresso de oficiais no Senado e na Câmara Federal.

“A convocatória do capitão Assunção e do major Fábio para a marcha da PEC 300 teve um único objetivo, qual seja, fomentar o nome dos mesmos para o próximo pleito eleitoral em seus Estados em uma ação orquestrada nos bastidores do poder militar e por este motivo foi que tanto a Anaspra como os deputados estaduais praças foram impedidos pelos mesmos de fazerem o uso da palavra nos carros de som contratados para o evento”, destaca Elisandro Lotin.

De acordo com Elisandro, o mais lamentável em toda essa história é que “os praças de todo o Brasil, novamente estão sendo usados como massa de manobra de oficiais que historicamente os maltratam, os humilham e que com discursos mentirosos enganam aqueles que se deixam enganar”.

COMENTANDO A NOTÍCIA

Quando estive em Brasília no início do mês, fui testemunha ocular e auricular da sanha desenfreada dos Oficiais que possuem mandato no Congresso Nacional, e para ser justo, refiro-me ao Capitão Assunção e ao Major Fábio, que estão se utilizando de um momento extremamente importante e ímpar para tirar proveito eleitoral, todos sabemos que estamos em ano de eleição, de onde tudo pode acontecer, o feio fica bonito e aquilo que era desnecessário passa a ter uma imensa importância, o povo só tem voz e vez no período da eleição, depois, tudo fica como antes.

É preciso que não nos iludamos, quem fez, fará. Ninguém muda de uma hora para outra, temos que desconfiar daqueles que se aproximam com um sorriso fácil e querendo abraçar a todos, e no momento que mais precisávamos, onde estavam? Por quê só agora apareceram? São perguntas que não podem calar! A consciência do trabalhador policial (qualquer um) tem que se originar na base, no exato momento da exclusão e do assédio moral, que é uma constante nos ambientes policiais, temos que denunciar e levar os algozes as portas da justiça, independente do resultado, mas esse é o caminho que devemos trilhar.

Já tinha dito neste site, que fomos agredidos verbalmente pelo Capitão Deputado Assunção, e lamentavelmente junto ao mesmo havia dezenas de companheiros militares, que nada mais eram do que escada, para as pretensões políticas do oficial, será que esses militares não aprendem?, e fazem refletir no dia a dia a máxima que diz: o escravo ama o chicote que o chicoteia.

Como honestidade não ganha eleição, teremos de engolir essa matilha ainda por muito tempo.

 
Amon Jessen
Presidente do SINPOL-MA

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