quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Traficantes contra o crack', por Roger Spode Brutti



O crack tornou-se o “calcanhar de Aquiles” dos próprios traficantes. Estes, sedentos pelo lucro cada vez mais rápido, acabaram introduzindo em seus “negócios” uma droga tão devastadora que acabou desestruturando não só as famílias, a vida dos consumidores e a sociedade como um todo, mas, especialmente, o “meio de subsistência” dos próprios traficantes.
            Divergente do que ocorre com  outras drogas clássicas, o crack não comporta exceção e vicia imediatamente, dilacerando a vida do consumidor cujo seu único caminho certo, caso não busque tratamento, é a morte. O detalhe é que, nesse iter consumerista, o usuário desestabiliza-se socialmente de forma cabal, perdendo o emprego, o relacionamento salutar com amigos, com familiares dentre outros problemas. Passa ele a ser um verdadeiro indigente, a bem da verdade, a ponto de não mais dispor de numerário para pagar a droga que consome, ou melhor, a droga que o consome.
Por outro lado, os próprios filhos da comunidade em que reside e atua o traficante também se viciaram e furtam, agora, dia e noite, itens das suas famílias e dos vizinhos, para pagar o vício. Dessa arte, aquela certa indiferença que muitas famílias circunvizinhas do traficante tinham para com ele findou. Também não se olvide que a vida do consumidor do crack é muito curta, sendo que o período de consumo, logicamente, também é ínfimo o que gera menos lucro para o traficante.
Por tudo isso, nada mais lógico, aquele que comercializa crack é um verdadeiro inimigo dos demais traficantes que, tendo um mínimo de noção sobre gerenciamento


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