Estrutura precária de segurança favoreceu roubo de armas no Sertão
Por Adriana Guarda, do JC
SALGUEIRO – Um dia depois do roubo do arsenal em quartéis da Polícia Militar, o JC refez o circuito de quase 180 quilômetros percorrido pelo capitão do 8º Batalhão Marcos Vinícius Barros dos Santos. Ele foi obrigado por sequestradores a recolher 58 armas em unidades de Terra Nova, Verdejante, Parnamirim, Serrita e Salgueiro, provocando um prejuízo de cerca de R$ 250 mil aos cofres públicos. Nesses locais, o cenário é desolador. Destacamentos com estrutura precária, sem segurança e, agora, com quantidade menor de equipamentos para combater o crime.
No destacamento de Verdejante, onde o capitão passou por volta de 1h30 da madrugada da quarta-feira recolhendo o arsenal, restaram apenas duas pistolas para os quatro PMs. “O policiamento está sendo feito com armamento dos militares”, conta um PM que preferiu não ser identificado. Do quartel foram levados fuzil, submetralhadora e duas pistolas. O chefe do Estado-Maior da PM, tenente-coronel Tavares Lira, no entanto, negou a falta de armamento na unidade.
Na 3ª Companhia Militar de Serrita, a situação do armamento é um pouco melhor. No dia do roubo, a reserva contava com oito fuzis, quinze pistolas e quatro metralhadoras. A ação dos bandidos desfalcou o arsenal em dois fuzis, três pistolas e uma submetralhadora, além de 87 projéteis. Os municípios de Salgueiro e Parnamirim foram os que mais sofreram baixa no arsenal. Foram 33 armas no primeiro e 11 no segundo.
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