quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Policiais promovem protesto no Memorial Teotônio Vilela

Durante o ato público, motoristas, que trafegavam na orla marítima, pararam o veículo para que os policiais colocassem o adesivo com a frase “Nunca se matou tanto


O Memorial Teotônio Vilela, na Praia de Pajuçara, transformou-se no local de protesto contra a violência em Alagoas. Os policiais civis colocaram 200 cruzes no gramado do Memorial e um caixão no local. Uma carroça com a inscrição IML representou o único rabecão do Instituto Médico Legal do Estado.
 
A manifestação, realizada pelo Sindpol, na tarde da última quarta-feira, dia 23, foi o último ato público dos policiais civis, neste ano. Na manifestação, o Sindpol também denunciou que o Governo do Estado fechou o canal de negociação em relação às reivindicações dos policiais civis e criticou a falta de políticas efetivas de segurança pública. 

O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, destacou que a Central Única de Polícias vai piorar o atendimento à população, “pois muitas pessoas que moram em localidades distantes da Central deixarão de fazer a denuncia”.

 No projeto de segurança pública do Sindpol, apresentado ao governador, a entidade sindical reivindica as delegacia dos bairros funcionando 24 horas. Para o sindicato, a Central de Polícia também servirá como uma forma de burlar os números da violência.

 As cruzes, colocadas no Memorial, representaram os dois mil homicídios em Alagoas. De acordo com o 2° vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, o governo está apenas beneficiando as casas funerárias, porque nunca se matou tanto em Alagoas.
 
O delegado Tarciso Vitorino esteve na manifestação, fazendo um apelo ao governador Teotônio Vilela Filho, para que ele atendesse as reivindicações dos policiais civis. “Ajude os policiais civis a trabalhar. Eles querem um reajuste digno”, disse.
 
Durante o ato público, motoristas, que trafegavam na orla marítima, pararam o veículo para que os policiais colocassem o adesivo com a frase “Nunca se matou tanto”.
 
O ato serviu para cobrar responsabilidade do governo. De acordo com o vice-presidente do Sindpol, reduzir o orçamento da segurança pública significa aumentar o número de homicídios, beneficiando o tráfico de drogas, a prostituição e o aumento incontrolado da violência. Para Josimar Melo, a política do governo de Alagoas é de destruição da segurança pública.

  Mesmo impedido de deflagrar greve pela Justiça estadual, os policiais civis continuam com os protestos, reivindicando a implantação do piso salarial de 1/3 dos delegados e o Plano de Cargos, Carreira e Subsídios.
 





 Tânia - Escripol

Nenhum comentário: